sábado, 30 de abril de 2011

É um complexo sistema orgânico constituído por diversas formações: capilares, vasos coletores linfáticos e nódulos linfáticos. Neste sistema circula a linfa que provem dos tecidos, e desemboca no sistema venoso. O sistema linfático tem sua origem nos capilares situados na trama de quase todos os órgãos, onde nascem com fundo cego.

Faltam no baço, na medula óssea, no sistema nervoso central, nos epitélios, nos cartílagos e na esclerótica dos olhos. Os capilares linfáticos confluem nos vasos linfáticos propriamente ditos, que têm um curso flexuoso ou retilíneo, com um aspecto moniliforme e são providos de válvulas; costumam seguir quase sempre o curso das veias, dividindo-se em superficiais, que se encontram no tecido subcutâneo, e profundas, situadas por baixo dos feixes musculares. Os coletores linfáticos principais são dois e conduzem a linfa desde os vasos até as veias.

Os gânglios linfáticos são corpúsculos esféricos, ovais, de diferentes tamanhos, que variam, desde uma cabeça de alfinete a uma avelã; têm cor variável, desde o vermelho ao esbranquiçado, encontrando-se isolados ou agrupados em diferentes regiões do corpo, a isto convergem e disso saem os vasos linfáticos. Estas reagrupações regionais se denominam estações linfonodais e cada uma delas dispõe, portanto, de vasos aferentes e vasos eferentes.

A corrente dos vasos linfáticos procede em sentido centrípeto, ou seja, desde a periferia em direção ao centro. A linfa contida, em sua maior parte, nos vasos linfáticos, passa desde a circulação linfática à sangüínea através de dois coletores linfáticos principais: o conduto torácico e a grande veia linfática. Linfa: tem o aspecto de um líquido claro, transparente, incolor, com reação alcalina. Coagula quando sai dos vasos linfáticos. Além disso, (linfa dos vasos linfáticos) realiza pelos espaços existentes entre os elementos dos tecidos, isto é, nos intervalos; neste caso recebe o nome de linfa intersticial.

A linfa intersticial contém substâncias que chegam aos espaços intersticiais dos tecidos, através das paredes dos capilares sangüíneos e que estão destinadas à nutrição das células e produtos que derivam da atividade funcional específica dos tecidos, que são, em parte, destinados a serem utilizados pelo organismo e, em parte, produtos de desfeitos. Certa quantidade desta linfa passa aos vasos linfáticos.

A linfa dos vasos linfáticos se distingue da intersticial porque contém os seguintes elementos (que faltam na linfa intersticial): linfócitos (8000/mm3), escassos granulócitos e monócitos . O plasma linfático é a parte líquida da linfa e o quilo, e a linfa que circula nos vasos linfáticos provenientes das abundância de pêlos intestinais. Os capilares linfáticos são condutos formados por células endoteliais, cujo diâmetro mede entre 15 e 100 micras. O passo da linfa intersticial tem lugar através da parede do capilar e depende, em grande medida, da pressão intracelular. Os vasos e os coletores linfáticos se formam por membranas de tecido superpostas, a túnica adventícia, mais externas, de fibras elásticas e colágenas; a túnica media, de células musculares circulares e oblíquas, às vezes falta e a túnica íntima, formada por uma lâmina de células endoteliais e por um plano subendotelial muito rico em fibras elásticas. Os vasos linfáticos estão providos, no seu interior, de uns repregues da túnica íntima que formam as válvulas, em cujo nível o vaso se estreita.

Gânglios linfáticos: são pequenas formações de aspecto cilíndrico, oval ou esférico, que apresentam sobre sua superfície externa um hilo por onde penetram os vasos sangüíneos e os vasos linfáticos eferentes; enquanto que os vasos linfáticos aferentes alcançam os gânglios linfáticos pela parte oposta ao hilo. O gânglio linfático é irrigado por uma artéria que penetra através do hilo. Os gânglios linfáticos produzem linfócitos e em parte monócitos. Principais cadeias linfáticas. A) Gânglios linfáticos pericervicais, são gânglios linfáticos situados na zona, interpostos entre a cabeça e o pescoço, formando uma espécie de colar. Distinguem-se os seguintes grupos:

1. Gânglios linfáticos subocipitais, que provem da parte occipital do couro cabeludo e de uma parte da nuca

2. Auriculares: que compreendem um grupo posterior que se encontra na região mastóidea e recolhe a linfa, que provem dos linfáticos situados na região temporal e na superfície media do pavilhão auricular. Os vasos eferentes vão aos gânglios linfáticos parótidas. Os vasos eferentes desembocam nos gânglios linfáticos parótidas.

3. gânglios linfáticos parótidas: são muito numerosos e se dispõem no oco ou prisão parótida recebendo a linfa, que provem da porção frontal do couro cabeludo, das pálpebras, do nariz, e da região temporal, superfície lateral do pavilhão auricular, do conduto auditivo externo, do ouvido médio, e da glândula parótida.

4. gânglios linfáticos aferentes da testa , da porção medial das pálpebras, de parte do nariz, das maçãs do rosto e desembocam na cadeia jugular interna.

5. gânglios linfáticos submentonianos: São dois ou três gânglios situados na sínfise do queixo, da pele e da mucosa da parte media do lábio inferior, da ponta da língua e da superfície inferior da boca.

6. gânglios linfáticos retrofaríngeos: encontram-se situados entre a porção superior da parede posterior da faringe e as primeiras vértebras cervicais, recebem a linfa da rinofaringe, das trompas auditivas, do ouvido médio e das cavidades nasais. B) Cadeia laterocervical superficial: é formada por quatro de seis gânglios linfáticos situados no curso da veia jugular externa. Estes gânglios linfáticos recebem os vasos linfáticos da pele da região carotidea e do tecidos conetivo subcutâneo, e em uma mínima parte a linfa que provem do pavilhão auricular e da glândula parótida. Os vasos eferentes desembocam na jugular interna. C) Cadeia laterocervical profunda: é formada por três gânglios: 1. Cadeia jugular interna, formada por gânglios linfáticos dispostos ao largo do curso da maior parte da cabeça e do pescoço; os vasos eferentes formam o tronco jugular único ou duplo, que desemboca na confluência das veias jugular interna e subclávia ou conduto linfático à direita. 2. Cadeia do nervo acessório do vago, os vasos aferentes provem dos gânglios linfáticos mastóideos e occipitais, e os eferentes desembocam na cadeia cervical transversa. 3. Cadeia cervical transversa: situada ao longo da artéria transversa, recebe os vasos linfáticos da cadeia do nervo acessório do vago e os vasos aferentes formam o canal coletor cervical transverso, que desemboca na confluência entre a veia jugular interna e a veia subclava, ou melhor se une ao coletor jugular, ou termina à direita no conduto linfático direito e à esquerda no conduto torácico. D) Cadeia jugular anterior: encontra-se ao longo do curso da veia homônima, seus vasos eferentes confluem na cadeia jugular interna ou na cervical transversa. E) Nódulos linfáticos cervicais profundos anteriores: compreendem os seguintes grupos: 1. grupo infrahiroedeo. 2. grupo prefaríngeo: dispostos nas vias linfáticas da tireóide e laringe. 3. grupo pré-traqueal: situado em frente à porção da traquéia; os vasos aferentes provêm da tiróide e da traquéia; os vasos eferentes confluem nas cadeias recorrenciais ou na jugular interna. 4. cadeia recorrencial: situada no curso do nervo laríngeo ou recorrente (ramo do nervo vago), recebe a linfa da laringe, tireóide, traquéia e esôfago; os vasos eferentes formam o tronco que desemboca na confluência venosa ou no conduto torácico à esquerda e no conduto linfático direito à direita. Linfáticos do tórax: distinguem-se os linfáticos parietais e viscerais. Os gânglios linfáticos parietais formam os seguintes grupos: 1. grupo mamário interno, disposto ao longo do curso da artéria mamária interna, que recebe os linfáticos da mama, da pele e dos músculos da região epigástrica e os vasos linfáticos que provêm dos gânglios linfáticos diafragmáticos anteriores. 2. grupo intercostal que se divide em médios e laterais e recebem a linfa da parte posterior dos espaços intercostais, que se dividem em médios e laterais, e recebem a linfa da parte posterolateral da parede do tórax. 3. grupo diafragmático: disposto na superfície convexa do diafragma, que se divide num subgrupo pré-pericárdico e dois subgrupos lateropericárdicos, que recebem a linfa que provem do diafragma do pericárdio da pleura que reveste a face inferior do diafragma e do fígado. Os vasos eferentes se dirigem aos gânglios linfáticos viscerais e se encontram no mediastino anterior e posterior e nos pulmões. Formam os seguintes grupos: 1. grupo mediastínico anterior, que compreende os gânglios situados entre o esterno e o coração (gânglios cardíacos) e os que se encontram pela frente do arco da aorta e por cima do mesmo (gânglio pre-aórticos e supra-aórticos). 2. grupo mediastínico posterior formado por alguns gânglios linfáticos, situados entre o pericárdio e a coluna vertebral em relação com o esôfago, com a pleura e com a aorta torácica, isto é, com os órgãos do mediastino posterior. 3. grupo paratraqueobronquial ou estação mediastínica media, formado pelos gânglios linfáticos traqueobronquiais de Barety; estes gânglios linfáticos estão situados ao redor da bifurcação da traquéia e tem
sido classificados em 5 grupos: A) intertraqueobronquial (ocupa o ângulo de bifurcação da traquéia); B e C) pretraqueobronquiais direito e esquerdo (ocupam a cada lado o ângulo entre a traquéia e o brônquio); D e E) grupo hiliar (situado no hilo de cada pulmão) 4. gânglios linfáticos intrapulmonares, estão situados no interior dos pulmões, em correspondência dos ângulos formados pelas ramificações bronquiais e dos pulmões e os vasos eferentes confluem no grupo hiliar da estação peritraqueobronquial. Linfáticos dos membros inferiores.

No membro inferior existem três estações nodulares: A) Estação tibial anterior, formada pelo gânglio tibial anterior que se encontra em contato com a porção superior da artéria tibial anterior, em frente da parte superior da membrana interóssea, recebe os vasos linfáticos que provêm da parte profunda da planta do pé; esse tronco se acomoda logo junto aos vasos linfáticos profundos da região anterior da perna para confluir no gânglio linfático tibial anterior.

Os vasos linfáticos eferentes atravessam a parte superior do espaço interósseo da perna, de frente para trás, desembocando os gânglios poplíteos. B) estação poplítia: é formada por 4 ou oito gânglios linfáticos, imersos no tecido adiposo que enche a fossa poplítea. Encontra-se por cima dos côndilos do fêmur (supracondileos), entre os côndilos do fêmur (intracondileos), em contato com a superfície posterior da cápsula articular do joelho (justa-articulares) e por último nas proximidades da embocadura da safena menor na veia poplítea (justa-safenos). Recebem os vasos linfáticos que provêm da estação tibial anterior, os vasos linfáticos que acompanham o curso dos vasos da planta do pé, dos vasos tibiais posteriores e perônios e os linfáticos que provêm da articulação do joelho. Por último, a estação poplítea recebe também os vasos linfáticos safenos internos, que dispõe do dorso do pé e dos planos superficiais da região da perna. c) Estação inguinal: é formada por gânglios linfáticos que se encontram na região inguinofemoral, situada embaixo da dobra da virilha e que compreende parte da superfície ântero-medial da coxa; nesta estação se distinguem gânglios superficiais e profundos: 1. gânglios inguinais superficiais: estão situados no espessor do tecido conetivo subcutâneo pela frente da fasciata.

Estes gânglios costumam ser de oito a doze, e estão separados entre si por duas linhas imaginárias que se entrecruzam em ângulo reto, em correspondência da influência da veia safena maior na femoral. Distinguem-se assim quatro grupos de gânglios: superolateral, superomedial, inferolateral, e inferomedial. 2. gânglios inguinais profundos: estão em número de dois ou três, colocados perto da superfície media da veia femoral, profundamente a fascia cribosa, no triângulo de Scarpa. Este grupo recebe vasos linfáticos que provêm dos gânglios inguinais superficiais. Os vasos linfáticos eferentes dos nódulos inguinais profundos se dirigem para a pélvis, desembocando nos gânglios ilíacos externos. Linfáticos da pélvis: são formados por grupos de gânglios linfáticos que se encontram ao longo dos vasos ilíacos externos, internos e comuns, pelo qual se descreve a estação ilíaca comum. Os gânglios ilíacos externos estão dispostos ao longo da veia e da artéria ilíaca externa, são dois ou três e estão situados imediatamente à direita do ligamento femoral e são denominados ilíacos comuns.

Os gânglios ilíacos internos ou hipogástricos estão situados ao longo do curso da artéria ilíaca interna, em relação com a parede lateral da parede pélvica e com a superfície anterior do sacro. Os gânglios ilíacos comuns estão situados no curso dos vasos ilíacos comuns e sobre o corpo da quinta vértebra lombar. Os vasos eferentes confluem nos gânglios linfáticos inferiores da estação lomboaórtica. Coletores linfáticos principais: Os coletores linfáticos principais se dividem em troncos supradiafragmáticos e subdiafragmáticos. Os coletores supradiafragmáticos são: o tronco subclávio, o tronco jugular, o tronco cervical transverso, o tronco mamário interno, o tronco mediastínico anterior, o laterotraqueal, o recorrente e o intercostal. Podem ser simples ou duplos e derivam das estações de gânglios homônimos, desembocando na confluência jugolosubclávia. Reúnem-se à direita formando o conduto linfático direito que termina na confluência formada pela veia jugular interna direita com a veia subclávia direita. O coletor subdiafragmático é o conduto torácico (coletor linfático mais longo do corpo). Corre ao longo do tórax e em parte do abdômen desemboca no ângulo de confluência da veia jugular interna esquerda com a veia subclávia esquerda.POSTADO POR www.biomania.com.br

CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIA

CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS SEGUNDO O POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO

De acordo com os riscos de contaminação, as cirurgias são classificadas em: limpas, potencialmente contaminadas, contaminadas e infectadas.

1-CIRURGIAS LIMPAS

São realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso local. Consideram-se limpas as cirurgias realizadas na epiderme, tecido celular subcutâneo, sistemas músculo-esquelético, nervoso e cardiovascular.

2-CIRURGIAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS

São as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa, em tecidos cavitários com comunicação com o meio externo, ou de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local.

Consideram-se potencialmente contaminadas as cirurgias realizadas nos tratos gastrintestinal (exceto cólon), respiratório superior e inferior, genito-urinário, cirurgias oculares e de vias biliares.

3-CIRURGIAS CONTAMINADAS

São as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana abundante, de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local.

Consideram-se contaminadas as cirurgias realizadas no cólon, reto e ânus; em tecido com lesões cruentas e cirurgias de traumatismo crânio encefálicos abertos.

4-CIRURGIAS INFECTADAS

São as realizadas em qualquer tecido, na presença de processo infeccioso local.

5-INCIDÊNCIA ESPERADA DE INFECÇÃO EM FERIDA CIRÚRGICA SEGUNDO O POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO

LIMPAS: 1 a 5%
POTENCIALMENTE CONTAMINADADAS: 3 a 11%
CONTAMINADAS: 10 a 17%
INFECTADAS: maior que 27%

TIPOS DE HEMORRAGIAS

Como Actuar?

Hemorragias
A hemorragia é uma perda de sangue devido a ruptura de vasos sanguíneos.
A hemorragia pode ser interna ou externa, implicando atitudes diferentes por parte do socorrista.

1.Hemorragia Interna
- Deve-se suspeitar sempre de hemorragia interna quando não se vê escorrer o sangue mas a vítima apresenta um ou mais dos seguintes sinais e sintomas.

Sinais e Sintomas:
- Sede.
- Sensação de frio (arrepios).
- Pulso progressivamente mais rápido e mais fraco.

Em casos ainda mais graves:
- Palidez.
- Arrefecimento, sobretudo das extremidades
- Zumbidos.
- Alteração do estado de consciência.

O que deve fazer:
- Acalmar a vítima e mantê-la acordada.
- Desapertar a roupa.
- Manter a vítima confortavelmente aquecida.
- Colocá-la em Posição Lateral de Segurança.

É ums situação grave que necessita de transporte urgente para o hospital.

O que não deve fazer:
- Dar de beber ou comer

2.Hemorragia Externa

O que fazer:
- Deitar horizontalmente a vítima.
- Aplicar sobre a ferida uma compressa esterilizada ou, na sua falta, um pano lavado, exercendo uma pressão firme com uma ou as duas mãos, com um dedo ou ainda com um ligadura limpa, conforme o local e a extensão do ferimento.
- Se o penso ficar saturado de sangue, colocar outro por cima, mas sem retirar o primeiro.
- Fazer durar a compressão até a hemorragia parar (pelo menos 10 minutos).
- Se a hemorragia parar, aplicar um penso compressivo sobre a ferida.

Atenção: antes de qualquer procedimento o socorrista deve calçar luvas descartáveis.

Se se tratar de uma ferida dos membros com hemorragia abundante pode ser necessário aplicar um Garrote.
O garrote pode ser de borracha ou improvisado com uma tira de pano estreita ou uma gravata.

Como aplicar um garrote:
Aplicar o garrote entre a ferida e o coração, mas o mais perto possível da fferida e sempre acima do joelho ou do cotovelo, de acordo com a zona onde se situa a ferida que sangra.

Aplicar o garrote por cima da roupa ou sobre um pano limpo bem alisado que ficará colocado entre a pele e o garrote.

Colocar o garrote à volta do membro ferido; se o garrote for improvisado com tira de pano ou gravata dar com as pontas dois nós entre os quais se enfia um pau; rodar o pau até a hemorragia estancar.
- Aplicando o garrote, terá de ser aliviado de 15 em 15 minutos, mantendo-o aliviado de 30 segundos a 2 minutos, conforme a intensidade da hemorragia (quanto maior é a hemorragia menor é o tempo que o garrote está aliviado).
- Anotar sempre a hora a que o garrote começou a fazer compressão para informar posteriormente o médico (pode colocar essa informação num letreiro ao pescoço do ferido).

Nunca tirar o garrote até chegar ao Hospital; perigo mortal!

Entretanto:
Tomar medidas contra o estado de choque antes e durante o transporte para o Hospital:
- Acalmar a vítima e mantê-la acordada.
- Deitá-la com as pernas levantadas.
- Mantê-la confortavelmente aquecida.
- Não a deixar comer nem beber.

É uma situação grave que necessita de transporte urgente para o Hospital.

No caso particular de hemorragia da palma da mão:
- O ferido deve fechar fortemente a mão sobre um rolo de compressas esterilizadas ou, na sua falta, um rolo de pano lavado, de modo a fazer compressão sobre a ferida.
- Colocar em seguida uma ligadura ou pano dobrado à volta da mão.
- Colocar o braço ao peito com a ajuda de um lenço grande, mantendo a mão ferida bem levantada, encostada.

É uma situação grave que necessita de transporte urgente para o Hospital.

curativos

TÉCNICAS DE CURATIVOS, CICATRIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO
Um bom curativo começa com uma boa preparação do carro de curativos. Este deve ser completamente limpo. Deve-se verificar a validade de todo o material a ser utilizado. Quando houver suspeita sobre a esterilidade do material que deve ser estéril, este deve ser considerado não estéril e ser descartado. Deve verificar ainda se os pacotes estão bem lacrados e dobrados corretamente.

O próximo passo é um preparo adequado do paciente. Este deve ser avisado previamente que o curativo será trocado, sendo a troca um procedimento simples e que pode causar pequeno desconforto. Os curativos não devem ser trocados no horário das refeições. Se o paciente estiver numa enfermaria, deve-se usar cortinas para garantir a privacidade do paciente. Este deve ser informado da melhora da ferida. Esse métodos melhoram a colaboração do paciente durante a troca do curativo, que será mais rápida e eficiente.

A lavação das mãos com água e sabão, que deve ser feita antes e depois de cada curativo. O instrumental a ser utilizado deve ser esterilizado; deve ser composto de pelo menos uma pinça anatômica, duas hemostáticas e um pacote de gazina; e toda a manipulação deve ser feita através de pinças e gazes, evitando o contato direto e consequentemente menor risco de infecção.

Deve ser feita uma limpeza da pele adjacente à ferida, utilizando uma solução que contenha sabão, para desengordurar a área, o que removerá alguns patógenos e vai também melhorar a fixação do curativo à pele. A limpeza deve ser feita da área menos contaminada para a área mais contaminada, evitando-se movimentos de vaivém Nas feridas cirúrgicas, a área mais contaminada é a pele localizada ao redor da ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da ferida.

Deve-se remover as crostas e os detritos com cuidado; lavar a ferida com soro fisiológico em jato, ou com PVPI aquoso (em feridas infectadas, quando houver sujidade e no local de inserção dos cateteres centrais); por fim fixar o curativo com atadura ou esparadrapo.

Em certos locais o esparadrapo não deve ser utilizado, devido à motilidade (articulações), presença de pêlos (couro cabeludo) ou secreções. Nesses locais deve-se utilizar ataduras. Esta vede ser colocada de maneira que não afrouxe nem comprima em demasia. O enfaixamento dos membros deve iniciar-se da região dista para a proximal e não deve trazer nenhum tipo de desconforto ao paciente.

O esparadrapo deve ser inicialmente colocado sobre o centro do curativo e, então, pressionando suavemente para baixo em ambas as direções. Com isso evita-se o tracionamento excessivo da pele e futuras lesões.

O esparadrapo deve ser fixado sobre uma área limpa, isenta de pêlos, desengordurada e seca; deve-se pincelar a pele com tintura de benjoim antes de colocar o esparadrapo. As bordas do esparadrapo devem ultrapassar a borda livre do curativo em 3 a 5 cm; a aderência do curativo à pele deve ser completa e sem dobras. Nas articulações o esparadrapo deve ser colocado em ângulos retos, em direção ao movimento.

Durante a execução do curativo, as pinças devem estar com as pontas para baixo, prevenindo a contaminação; deve-se usar cada gaze uma só vez e evitar conversar durante o procedimento técnico.

Os procedimentos para realização do curativo, devem ser estabelecidos de acordo com a função do curativo e o grau de contaminação do local.

Obedecendo as características acima descritas, existem os seguintes tipos de curativos padronizados:

CURATIVO LIMPO
A) Ferida limpa e fechada

a) o curativo limpo e seco deve ser mantido oclusivo por 24 horas.

b) após este período, a incisão pode ser exposta e lavada com água e sabão.

c) utilizar PVP-I tópico somente para ablação dos pontos.

CURATIVO COM DRENO
a) O curativo do dreno deve ser realizado separado do da incisão e o primeiro a ser realizado será sempre o do local menos contaminado.

b) O curativo com drenos deve ser mantido limpo e seco. Isto significa que o número de trocas está diretamente relacionado com a quantidade de drenagem.

c) Se houver incisão limpa e fechada, o curativo deve ser mantido oclusivo por 24 horas e após este período poderá permanecer exposta e lavada com água e sabão.

d) Sistemas de drenagem aberta (p.e. penrose ou tubulares), devem ser mantidos ocluídos com bolsa estéril ou com gaze estéril por 72 horas. Após este período, a manutenção da bolsa estéril fica a critério médico.

e) Alfinetes não são indicados como meio de evitar mobilização dos drenos penrose, pois

enferrujam facilmente e propiciam a colonização do local.

f) A mobilização do dreno fica a critério médico.

g) Os drenos de sistema aberto devem ser protegidos durante o banho.

CURATIVO CONTAMINADO
Estas normas são para feridas infectadas e feridas abertas ou com perda de substância, com ou sem infecção. Por estarem abertas, estas lesões são altamente susceptíveis à contaminação exógena.
a) O curativo deve ser oclusivo e mantido limpo e seco.

b) O número de trocas do curativo está diretamente relacionado à quantidade de drenagem, devendo ser trocado sempre que úmido para evitar colonização.

c) O curativo deve ser protegido durante o banho.

d) A limpeza da ferida deve ser mecânica com solução fisiológica estéril.

e) A anti-sepsia deve ser realizada com PVP-I tópico.

f) As soluções anti-sépticas degermantes são contra-indicadas em feridas abertas, pois os tensoativos afetam a permeabilidade das membranas celulares, produzem hemólise e são absorvidos pelas proteínas, interferindo prejudicialmente no processo cicatricial.

e) Gaze vaselinada estéril é recomendada nos casos em que há necessidade de prevenir aderência nos tecidos.

f) Em feridas com drenagem purulenta deve ser coletada cultura semanal (swab), para monitorização microbiológica.

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

UNIDERP Curso de Enfermagem. Disciplina de Urgência pré-hospitalar.

ATENDIMENTO INICIAL
A AVALIAÇÃO É A BASE PARA TODAS AS DECISÕES DE ATENDIMENTO E TRANSPORTE.
AVALIAÇÃO DA CENA :
OBTER UMA IMPRESSÃO GERAL DA CENA ANTES DE SE APROXIMAR DO DOENTE;
CERTIFICAR QUE A CENA É SEGURA E CONSIDERAR CUIDADOSAMENTE A NATUREZA EXATA DA SITUAÇÃO.
A AVALIAÇÃO DA CENA INCLUI OS SEGUINTES COMPONENTES PRINCIPAIS:
SEGURANÇA:
1.EQUIPE;
2.PACIENTE;
3.TERCEIROS (FAMILIARES, CURIOSOS);
4.CERTIFICAR DOS RISCOS P/ SEGURANÇA: FOGO, LINHAS ELÉTRICAS CAÍDAS, EXPLOSIVOS, TRÁFEGO DE VEÍCULOS, INUNDAÇÕES, ARMAS,SANGUE OU FLUÍDOS.
AVALIAÇÃO DA CENA (DIMENSIONAMENTO DA CENA)
SITUAÇÃO:
1.MECANISMO DE TRAUMA E QUAIS AS FORÇAS E ENRGIAS PROVOCARAM AS LESÕES;
2.TOTAL DE VÍTIMAS;
3.NECESSIDADE DE RECURSOS ADICIONAIS: POLICIA, BOMBEIROS, SAMU.

QUESTÕES DE SEGURANÇA:
Segurança no trânsito:
1.Condições climáticas/Iluminação: Condições climáticas adversas e à noite os motoristas podem não ver ou não conseguir parar a tempo de atingir a equipe;
2.Design das Autos estradas: Alta velocidade, grande volume de tráfego, geram perigo durante atendimento;
Estratégias para minimizar os incidentes:
1.Utilizar uniformes refletores;
2.Posicionamento do veículo e dispositivos de sinalização:
Posicionar a viatura atrás do local do incidente;
Posicionar cones refletores para afastar o fluxo de tráfego da pista ocupada pela equipe.

PRECAUÇÕES PADRÃO: SÃO BARREIRAS FÍSICAS AO SANGUE E FLUÍDO CORPORAIS, ALÉM DE PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO SEGURA COM PÉRFURO CORTANTE. CONSISTE NA UTILIZAÇÃO DE LUVAS, AVENTAIS, MÁSCARAS E ÓCULOS;
1.SEGURANÇA DO PROFISSIONAL CONTRA DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS: HEPATITE VIRAL (VHB, VHC) E VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV);
AVALIAÇÃO DA CENA

Materiais perigosos: Avaliar o potencial de exposição a materiais perigosos a fim de limitar a disseminação, contaminação das equipes.
1.Isolar a cena e remover e descontaminar os pacientes para liberar o atendimento;
2.A área de posicionamento da equipe deve ser contra o vento e distante;



3.Estabelecer zonas de controle da Cena:
Zona quente: área imediatamente adjacente ao incidente com materiais perigosos- evacuar pacientes;
Zona morna: área intermediária- descontaminar pacientes (remoção de roupas, adornos e irrigação copiosa com água corrente, avaliação primária e imobilização da coluna;
Zona fria: área distante do incidente, onde equipamentos e equipes ficam posicionados atendimento definitivos;

Estrutura de comando:
1.Estabelecer comando centralizado na cena e na subsequente divisão de responsabilidades;
2.Representação de várias jurisdição determinam de forma conjunta objetivos, planos e prioridades.
TRIAGEM

SIGNIFICA SELECIONAR ;
É USADA COMO UM MÉTODO PARA LIDAR COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS;
OBJETIVA ASSEGURAR A SOBREVIVÊNCIA DO MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE DOENTES FERIDOS;
AS DECISÕES DEVEM SER TOMADAS A RESPEITO DE QUEM SERÁ ATENDIDO PRIMEIRO.
Triagem START
Identificar as vítimas em estado crítico de uma forma fácil e rápida;
O processo leva de 30 a 60 segundos;
Utiliza três avaliações:
1.Respiração: 30
2.Perfusão: 2
3.Nível de consciência: Pode fazer
Triagem START
Classificação dos pacientes:
1.Imediato: Lesões críticas, tem bom prognóstico;
2.Pode aguardar: Lesões graves, mas que não necessitam de atendimento imediato para preservar a vida/membro;
3.Leve: Lesões leves, feridos que deambulam , podem aguardar tratamento e podem ajudar na cena.
4.Mortos: Não respondem, não tem pulso e não respiram. Os recursos não permitem reanimação.

Medidas salvadoras durante abordagem:
Liberação de vias aéreas;
Controle da hemorragia externa.

EXAME PRIMÁRIO
O EXAME PRIMÁRIO IDENTIFICA CONDIÇÕES DE RISCO DE VIDA.
AVALIAÇÃO GLOBAL: ESTADO RESPIRATÓRIO, CIRCULATÓRIO E NEUROLÓGICO.


AS CINCO ETAPAS ENVOLVIDAS NO EXAME PRIMÁRIO E SUA ORDEM DE PRIORIDADES SÃO:
A- Vias aéreas e controle da coluna cervical
B- Respiração e ventilação
C- Circulação e controle de hemorragias
D- Avaliação neurológica
E- Exposição e proteção do ambiente.

ETAPA A:
VIAS AÉREAS
1.ASSEGURAR QUE ESTÃO PÉRVEAS, ABERTAS E LIMPAS (PATENTES);
2.IDENTIFICAR RISCO P/ OBSTRUÇÃO.
CONTROLE DA COLUNA CERVICAL
1.SUSPEITAR LESÃO NA MEDULA ESPINHAL PARA CADA DOENTE TRAUMATIZADO;
2.ESTABILIZAR MANUALMENTE EM POSIÇÃO NEUTRA;
3.IMOBILIZAR COLUNA CERVICAL.
EXAME PRIMÁRIO
ETAPA B
RESPIRAÇÃO (VENTILAÇÃO)
1.AVALIAR A QUALIDADE (PROFUNDIDADE) E QUANTIDADE DA VENTILAÇÃO (FREQUENCIA);
2.VENTILAÇÃO ANORMAL: EXPOR, OBSERVAR, PALPAR E AUSCULTAR O TÓRAX RAPIDAMENTE.

ATENDIMENTO DAS VIAS AÉREAS COM BASE NA FREQUENCIA DE VENTILAÇAO;

LENTA ( 12) BRADPNÉIA

VENT. ASSISTIDA OU TOTAL C/ O2 85%

NORMAL (12-20) EUPNEICO

OBSERVAR, CONSIDERAR O2 SUPLEMENTAR

RÁPIDA (20-30) TAQUIPNÉIA

ADMINISTRAR O2 85%

MUITO RÁPIDA ( 30) TAQUIPNÉIA GRAVE

VENTILAÇÃO ASSISTIDA C/ O2 85%


ETAPA C
CIRCULAÇÃO E CONTROLE DE HEMORRAGIA
1.AVALIAÇÃO DO COMPROMETIMENTO OU FALÊNCIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO;
2.IDENTIFICAR E TRATAR A HEMORRAGIA;
TIPOS DE HEMORRAGIA:
1.SANGRAMENTO CAPILAR: LESÕES DE MINÚSCULOS CAPILARES IMEDIATAMENTE ABAIXO DA SUPERFÍCIE DA PELE;
2.SANGRAMENTO VENOSO: LESÕES DE VEIAS DE CAMADAS MAIS PROFUNDAS;
3.SANGRAMENTO ARTERIAL: LESÃO A UMA ARTÉRIA. É CARACTERIZADO POR UM SANGUE VERMELHO VIVO QUE JORRA DA FERIDA.
ETAPAS P/ CONTROLE DA HEMORRAGIA:
1.PRESSÃO DIRETA: APLICAR PRESSÃO MANUAL NO LOCAL DO SANGRAMENTO OU COM CURATIVO COMPRESSIVO
2.TORNIQUETES: UTILIZAR CASO A PRESSÃO DIRETA OU UM CURATIVO DE PRESSÃO NÃO CONTROLAM A HEMORRAGIA.
HEMORRAGIAS INTERNAS CONTROLE EM CENTRO CIRÚRGICO;

AVALIAÇÃO DO ESTADO CIRCULATÓRIO:
1. PULSO: AVALIAR A PRESENÇA, QUALIDADE E REGULARIDADE . SE O PACIENTE NÃO POSSUI PULSO CAROTÍDEO OU FEMURAL, ENTÃO ESTÁ EM PCR.
2. PELE: AVALIAR COR (ROSADA, AZULADA OU PÁLIDA), TEMPERATURA E UMIDADE.
3. TEMPO DE ENCHIMENTO CAPILAR: É REALIZADA PRESSIONANDO-SE O LEITO UNGUEAL. TEMPO DE ENCHIMENTO CAPILAR 2 INDICA QUE OS LEITOS CAPILARES NÃO ESTÃO RECEBENDO PERFUSÃO ADEQUADA.

ETAPA D
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
1.UM NÍVEL DE CONSCIÊNCIA DIMINUÍDO PODE SER DEVIDO A HIPÓXIA, LESÃO NO SNC, INTOXICAÇÃO POR DROGAS OU ÁLCOOL OU DISTÚRBIO METABÓLICO.

AVALIAR NÍVEL DE CONSCIÊNCIA APLICANDO O AVDI . (EM DESUSO)
A: ALERTA
V: RESPONDE A ESTÍMULO VERBAL
D: RESPONDE A ESTÍMULO DE DOR
I: INCONSCIENTE.

ESCALA DE COMA DE GLASGOW























Interpretação:
Escore 15: sem dano neurológico;
Escore 13-15: lesão mínima;
Escore 9-12: lesão moderada;
Escore 8: Lesão grave;
Escore 3: Lesão cerebral grave, prognóstico ruim.

Avaliação Pupilar (simetria e fotorreagência) Alterações: Anisocoria, midríase, miose, puntiforme e não reagentes a luz.

ETAPA E
EXPOSIÇÃO E PROTEÇÃO DO AMBIENTE
1.REMOVER O TANTO DE ROUPA NECESSÁRIA PARA DETERMINAR A PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE LESÃO NO AMBIENTE EXTERNO;
2.RECOBRIR O PACIENTE IMEDIATAMENTE P/ CONSERVAR O CALOR CORPORAL.

REANIMAÇÃO
O TRATAMENTO É INICIADO ASSIM QUE CADA AMEAÇA À VIDA É IDENTIFICADA;
O TRANSPORTE DE VÍTIMAS TRAUMATIZADAS GRAVES PARA O HOSPITAL MAIS ADEQUADO E MAIS PRÓXIMO DEVE SER INICIADO LOGO QUE POSSÍVEL.

EXAME SECUNDÁRIO
O EXAME SECUNDÁRIO IDENTIFICA LESÕES OU PROBLEMAS QUE NÃO FORAM IDENTIFICADOS DURANTE O EXAME PRIMÁRIO;

AVALIAÇÃO INCLUI:
1. HISTÓRICO RÁPIDO: APLICAR O MÉTODO AMPLA
EXAME SECUNDÁRIO
A : ALERGIA, A MEDICAMENTOS;
M: MEDICAMENTOS, ESTÁ FAZENDO USO?
P: PASSADO MÉDICO, ESTÁ REALIZANDO ALGUM TRATAMENTO?
L: LÍQUIDOS E ALIMENTOS INGERIDOS
A: AMBIENTE E EVENTOS QUE LEVARAM AO TRAUMA.
3.SINAIS VITAIS:
MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS PODEM OCORRER RAPIDAMENTE;
AVALIAR E REGISTRAR A CADA 3 A 5 MIN, TANTO QUANTO POSSÍVEL.
AVALIAÇÃO INCLUI: PRESSÃO ARTERIAL, FREQUÊNCIA E QUALIDADE DO PULSO, FREQUÊNCIA VENTILATÓRIA E TEMPERATURA E COR DA PELE.

4.É USADA A ABORDAGEM VER, OUVIR E SENTIR PARA AVALIAR REGIÃO POR REGIÃO.

REAVALIAÇÃO
DEVE SER REALIZADO PARA DETECTAR PIORA NO QUADRO CLÍNICO DO PACIENTE
TRATAMENTO DEFINITIVO
APÓS ESTABILIZAÇÃO DO PACIENTE, O MESMO DEVERÁ SER ENCAMINHADO PARA O HOSPITAL DE DESTINO APÓS ORIENTAÇÃO DO MÉDICO REGULADOR.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


ALFARO, D.; MATTOS, H. Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado Básico e Avançado PHTLS. Tradução. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
OLIVEIRA, B.F.M.; PAROLIN, M.K.F.; TEIXEIRA Jr, E.V. Trauma Atendimento Pré-hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2001.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM

Além dos Diagnósticos da NANDA, estou postando também um pequeno exemplo de evolução de Enfermagem, pois acredito que muitos graduandos possuem dúvidas na hora de fazer o relatório de evolução e ainda mais, na hora de prescrever cuidados.
Não é nada muito perfeito, mas pode ajudar, quando se tem pequenas dúvidas, e espero que ajude mesmo!


Evolução:

Deve abranger:
- Nível de consciência (sonolento, confuso);
- Locomoção (acamado, deambulando);
- PA (elevada, anotar valores SSVV);
- Mantendo jejum (sim ou não/24hs, se não, porque?);
- Sono ou repouso (sim ou não/24hs, se não, porque?);
- Incisão cirúrgica (dreno, catéter);
- Incisão cirúrgica abdominal (aspecto da secreção drenada);
- Sondas (fechada ou aberta);
- Venóclise e dispositivo de infusão (onde, tipo, periférica: IC ou SCVD);
- Eliminações urinárias e fecais (ausente, presente, quantos dias);
- Queixas (náuseas, dor, etc.)

- Exemplo 1º dia: Paciente no 1º dia de internação por DM descompensada (+) labirintite, apresenta-se calmo, consciente, contactuando, deambulando sob supervisão, corado, hidratado, afebril, normocárdico, eupnéico, hipertenso com pressão variando de 150x90-100mmHg, dextro variando entre 282 a 186 mg/dl, evolui sem queixas e sem êmese. Refere melhora da tontura. Acuidade auditiva e visual diminuída. Ausculta pulmonar com presença de murmúrios vesiculares s/ ruídos adventícios. Ausculta cardíaca BRNF. Abdômen flácido, indolor a palpação com presença de ruídos hidroaéreos, perfusão periférica normal. Mantém venóclise em MSE. Eliminações fisiológicas presentes. (seu nome).

- Exemplo 2º dia: paciente no 2º dia de internação por DM descompensada e labirintite, apresenta-se calmo, consciente, orientado em tempo e espaço, contactuando, deambula com auxílio, apresenta equimoses em MMSS e MMII, pele ressecada e escamações em dorso e palma das mãos. Refere prurido em panturrilha, esporadicamente queixa-se de pele ressecada, apresenta sudorese intensa, mantém scalp salinizado em MSD, SSVV apresentando hipotermia (35.5ºC) no período da manhã. Apresenta dextro variando de 146 a 194. Refere ter dormido bem, evolui sem queixas, tontura, náuseas ou vômitos. Eliminações fisiológicas presentes (refere ter evacuado às 22 horas de ontem). (seu nome).

Diagnóstico:
Ø Deve abranger:- Controles (eliminações, SSVV, peso e altura); Alimentação; Hidratação; Higiene; Conforto; Sinais e sintomas; Tratamentos; Orientações; Assistência psicossocial e espiritual; Encaminhamentos; Deixar claro o grau de dependência (FAOSE); O verbo deve iniciar a frase, sempre no infinitivo; Deve ser consico, claro e específico; Não prescrever cuidados considerados rotinas.
Postado por Eberte Gonçalves Temponi

3 INIMIGOS DO CORAÇÃO

cresceu de 21,5%, em 2006, para 24,4% em 2009. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Cardiologia, no nosso país se consome em média 12 gramas de sal por dia, o dobro do recomendado.
Inimigo número 1: Sódio
Muito mais que gordura, a adição de sal em produtos industrializados é tão corriqueira que às vezes nem nos damos conta. "O sódio faz parte da composição de muitos adoçantes utilizados em alimentos dietéticos, como os refrigerantes light", afirma Fernanda. Sem perceber, achando que estão consumindo menos calorias, as pessoas ingerem quantidades exageradas de sal que são como uma bomba para hipertensos.

De acordo com o Ministério da Saúde, a proporção de brasileiros com hipertensão arterial

O problema do consumo excessivo de sal é que ele provoca retenção de sódio e água nos rins, o que aumenta o volume de sangue em circulação. Com um fluxo sanguíneo maior correndo pelas artérias, a pressão arterial fica mais alta. Levantamento do Ministério da Saúde feito em 2009 também mostra que a doença não ocorre apenas entre os idosos. Entre adultos com até 34 anos, 14% apresentaram hipertensão, e esta a proporção é maior entre mulheres (27,2%) do que entre homens (21,2%).

Inimigo número 2: Gordura trans
Ela foi inventada pela indústria alimentícia para deixar os alimentos mais saborosos e conservados, mas hoje já é considerada a grande vilã da saúde coronária, que entope os vasos sanguíneos e pode causar até acidente vascular cerebral (AVC). É sabido também que gestantes que consomem muita gordura trans, por exemplo, podem prejudicar o desenvolvimento neurológico do feto, além de ter mais chances de ter um filho obeso.

Produzida a partir de um processo químico, ela se encontra em maior quantidade em bolachas, pipocas de microondas, chocolates, sorvetes, salgadinhos, pastéis, folhados, tortas, bolos e outros alimentos que levam a adição de margarina.

Produtos que contém gordura trans não deveriam ir para a cesta de compras, segundo Fernanda. Por não ser sintetizada no organismo humano, ela permanece depositada no corpo. Como não é essencial para a saúde, não há um valor recomendado de ingestão. O ideal é não consumi-la nunca, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão de gordura trans não ultrapasse 1% do valor calórico da dieta (numa alimentação de 2 mil calorias equivale a dois gramas diários, quantidade presente em três bolachas recheadas). Entretanto, até biscoitos do tipo água e sal contêm gordura trans.
Em 2006, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que o item gordura trans passasse a ser impresso na tabela nutricional do rótulo dos alimentos. Porém, além de difíceis de serem interpretados, estes dados às vezes são maquiados por mensurarem a presença de gordura trans em fatias inexpressivas ou mínimas de produto.

Inimigo número 3: Gordura saturada
Por ser um tipo de gordura encontrado principalmente em produtos de origem animal, é difícil de evitá-la. Ela está presente em carnes vermelhas e brancas (principalmente na pele das aves), leite e derivados integrais (manteiga, creme de leite, iogurte e nata), além de alguns azeites. É comprovadamente a responsável por aumentar o colesterol ruim (LDL) que se deposita nas artérias, elevando o risco de problemas no coração. A recomendação para indivíduos saudáveis, segundo Fernanda, é de até 10% do total calórico diário consumido.